nuv.oleta #04
um cachorro outonal caminhazagueava, sem pretensões homéricas, revememorando a espuma que seu mijo fizera num poste de zinco e cobre que fora erguido há 200 anos.
nuvoleta começou a persegui-lo, esmeando entre árvores. o cachorro que se chama sebastião ou au au desconfiou, o nariz atentou-se e atravessou a rua. nuvoleta também principiou e fez. se entrasse numa rua erma, talvez parasse, pensquetou. quebrou a espinha e entrou numa ladeira. nuvoleta fez igual e ele parou de abanar o rabo.
tecla pause. quem é essa núvem? para de me perseguir as linhas do meus passos! vou correfugir!
e atingiu estonteante velorrapidez que nuvoleta teve que deixar de pisar no solastro para poder alcançar.
frearam um sinal vermelho.
-- au au.
(por que você está me perseguindo?)
-- au a au au hum.
(não é isso que vocês fazem?)
-- aun
(nem)
-- au
(ah, tá...)
nuvoleta virou-se, riu-se bastante de monte e foi andando atrás de um anão que tinha barba de terrorista.
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